25 de dez. de 2010
Nunca Dela
Só pra ela
Enquanto ela se pega
Com outro
Poderia xingá-la
E forçá-la
A ter ódio de mim
Mas não quero assim
Quero um ódio diferente
Inclemente
E constante
Ódio por ter-me
Deixado
De lado
Sem ter dado
Sequer uma chance
19 de dez. de 2010
um táxi pra estação lunar
Ela me deu o seu amor
eu tomei
no dia 16 de maio
viajei
espaçonave atropelada
procurei
o meu amor aperreado
Apenas apanhei na beira-mar
um táxi pra estação lunar
Bela linda criatura
bonita
nem menina nem mulher
tem espelho no seu rosto
de neve
nem menina nem mulher
Apenas apanhei na beira-mar
um táxi pra estação lunar
Pela sua cabeleira
vermelha
pelos raios desse sol
lilás
pelo fogo do seu corpo
centelha
belos raios desse sol
Apenas apanhei na beira-mar
http://www.youtube.com/watch?v=HaGmo-mw0zM
10 de dez. de 2010
fugaz
5 de dez. de 2010
ode
Às morenas
Sem fazer pouco caso das loiras, mas
As morenas me fascinam muito mais.
Aqueles fios negros carregam alguma
Coisa, misteriosa,
Sedutora e acima de tudo,
Maravilhosa.
Exalto
A alvura de uma asiática,
O suingue de uma mulata,
Sendo cachos, lisos ou de pico,
De olhos verdes, negros, cor de mel,
Um cheiro e pronto, é o céu.
O próprio nome já é poesia,
A pele clara ou escura,
Desperta toda fantasia.
Todo tipo de mulher me agrada,
Mas as morenas, ah! As morenas
Entorpecem-me de graça.
28 de nov. de 2010
Samba Do Amor
Talvez pra encontrar
Pedaços de mim pelo mundo
Que dura ilusão
Só me desencontrei
Sem me achar
Aí eu voltei
Voltar quase sempre é partir
Para um outro lugar
O meu olhar se turvou
E a vida foi crescendo
E se tornando maior
Todo o seu desencanto
Ah, todos os meus gestos de amor
Foram tragados no mar
Ou talvez se perderam
Num tempo qualquer
Mas há sempre um amanhecer
E o novo dia chegou
E eu vim me buscar
Quem sabe em você
Paulinho da Viola
25 de nov. de 2010
e vai
Impossível (Parte I)
Se o tempo está contra
Ou a favor
Não sei
Pensei
Que fosse mais
Que ardor
Pensei errado
Pobre diabo
Fui me entregar
De corpo e alma
A razão, não
Achei até agora
E a sua calma
Que me devora
Não foi embora
E eu aprendi
Acho que finalmente, sim
Aprendi
Que existem coisas
Impossíveis
Certos amores,
Flores,
Dores,
São só crendices
21 de nov. de 2010
o haver além nas asas
se quero,
quero mesmo,
se esconde em segredo
esse desejo
que pulsa sem parar,
sem dar sossego,
sem descansar.
quando penso que acaba,
vem mais forte,
só me engana,
atormentas-me, ana
Silenciado, paciente,
indistintamente, sem saber
daonde vem
tanto querer,
desconhecido, hóspede meu,
seja bem vindo,
seja sentido,
tudo que já aconteceu.
já que é tão forte
que me devora,
que me controla,
ao pé da sorte
da sua escolha querer tambem
querer-me bem.
tantas palavras, vontades traduzidas
que tornaram minhas noites mal dormidas
mas não mal aproveitadas,
pois contigo estão minha mente e minha alma,
em stand by
no quarto, hiato
na cama,
atormentando-me, ana.
e jamais
seu jeito,
seu beijo,
nunca provarei,
mal cheguei perto.
agora, sei,
foi tudo incerto,
é tarde demais,
é o fim da linha,
e agora, jamais,
jamais serás minha.
1 de nov. de 2010
prezadamente
não saberia expressar por forma nenhuma,
eu acho.
mas o que me consome
não é não ter coragem
nem jeito pra te ser.
é ter
que suportar a possibilidade
de outro sujeito sem jeito
ter mais jeito e coragem que eu
e sem te sonhar
te ganhar
e te tirar
da minha fantasia.
17 de out. de 2010
cada um
sozinho meu corpo vai.
automático,
antropofágico.
vielas, becos,
calçadas, bueiros,
a fumaça me agride,
o som me guia.
luz do dia,
que é
pra qualquer
invisível
receptível.
3 de out. de 2010
insone
entre um e outro bocejo
o sono não chega
sem gás pra tv
sem sono pra um sonho
o pensamento viaja
e não sai daqui de dentro
já que de olhos fechados
a nitidez é total.
26 de set. de 2010
vontades de domingo a noite
tantos sonhos que eu sonhei,
e as flores que colhi
mas não mandei,
coisas que fiz por te amar,
por acreditar,
que poderia ter você,
é, eu pago caro por te querer,
mas não, não tenho dúvidas,
sei que são únicas,
as coisas que faço,
passaria mais cem vezes
por tudo que passo,
pra sentir de perto o teu cheiro,
pra provar o gosto do teu beijo,
e poder te dizer olhando nos olhos,
eu te amo, te amo tanto
e a todo tempo faço tantos planos,
esperando um dia a minha chance,
de viver contigo o último,
o único, nosso romance.
15 de set. de 2010
até breve
A poesia de hoje é bem doce, como a vida.
Saboreie
venha cá, pule o muro,
saia desse quarto escuro.
aqui tem gente,
Janeiro é quente,
vê se entende,
que nada é muito mais que isso,
faça logo um compromisso
com você mesma
e saia de casa,
ganhe o céu,
abra as asas.
com ou sem mim,
voando assim,
sinta o gosto,
o vento no rosto.
saboreie o sabor,
incendeie de ardor,
venha cá, meu amor,
vamos falar de você,
tens, sim, poder
pra questionar,
se queres isso,
é consigo
que vais falar.
dê-me a mão
aqui fora,
saia então,
eis a resposta!
11 de set. de 2010
8 de set. de 2010
entre quase e gosto
sorriu e me abraçou e me esquentou,
como quem há muito já queria.
e eu te beijei e você me beijou,
quando no céu até a lua sorria.
toquei sua pele e senti seu cheiro,
mais um abraço e mais um beijo,
um brilho entre os olhos se encontrando,
saliva e suor entre os braços
e línguas se entrelaçando.
um momento que o tempo
pecou em passar,
tocou meu despertador,
já é hora de acordar.
5 de set. de 2010
sobre coisas e coisas
preguiça é uma coisa,
geladeira também é uma coisa.
essa menina é uma coisa,
essa gente é uma coisa,
não ter razão também é uma coisa.
coisa é coisa e vice-versa,
mas, não confunda as coisas.
que coisa.
2 de set. de 2010
o sabor
Pedia uma cerveja morrendo de medo
De que descobrissem minha idade.
Às vezes pedia mesmo só pelo gosto
Do proibido, da expectativa.
Era o que tornava a cerveja tão boa.
Mesmo antes da maioridade,
Esse gosto já havia sumido,
Não era mais um desafio conseguir uma bebida,
O foco muda, busca outros desafios,
Lícitos ou não, desafiar-se
É uma regra quase sem exceção.
O questionamento é a fagulha pra uma mente combustível.
31 de ago. de 2010
oh, se não é
Sem querer ser pessimista, mas, as coisas têm piorado.
Sem aderir à nostalgia, mas, muita coisa já
foi melhor. O tempo já passou com
bem menos voracidade e
as esperanças nunca
estiveram, como
hoje,
dim
inu
in
d
o
.
24 de ago. de 2010
na linha
Satisfeito
eu sigo assim sozinho,
calado e cansado, o meu caminho
talvez quem me veja diga que eu estou mal,
mas já nem ligo, pra mim, é normal.
até que estou,
satisfeito assim como estou,
mas não se anime com tudo que se diz,
estou satisfeito, não feliz.
aqueles olhos castanhos
me dão tanta saudade,
me fazem lembrar,
me enchem de vontade
de um beijo quente,
de um abraço apertado.
dela comigo,
caminhando ao meu lado.
até que estou,
satisfeito assim como estou,
nem sempre é do jeito que sempre se quis,
satisfeito, mas não feliz.
21 de ago. de 2010
confusão
passa o tempo
a passo lento,
lá vem saudade,
e lá longe, sinceridade.
saudosismo
de uma época que
não veio nem virá.
é só exercício de sonhar.
só, som, bom,
dom é imaginar.
e ver que tanta coisa,
tantos riscos
são só dignos de uma tonelada
de sorrisos.
19 de ago. de 2010
mais canção que poema
Não Seja Assim
Leoni Coutinho/ Matheus Sathler
não pense que só fica a saudade,
não distorça a verdade,
não vá perder o chão.
não pense que foi tempo perdido,
que foi amor bandido,
que foi tudo em vão.
não pense que o amor quando acaba,
não existe mais nada,
ainda resta saudade.
pense no que foi nosso amor
sem tristeza nem dor
e hoje é só amizade.
pense no que houve de bom,
enquanto a gente sonhava escutando frisson.
sem saber o que estava por vir,
mas, quem sabe o fim...
esqueça os momentos ruins,
enxuga essas lágrimas
e abra um sorriso,
daqui pra frente não vou ser seu amor,
mas, vou ser seu amigo.
14 de ago. de 2010
influências VII
"Se um dia meu coração for consultado..." ♪
Tocando em Frente
Almir Sater e Renato Teixeira
Ando devagar por que já tive pressa
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
10 de ago. de 2010
diferenciando
há algo atrelado aos meus pés?
não sei dizer.
a escuridão vem chegando,
eu estou descendo,
caindo.
cada vez mais rápido.
cada vez mais escuro.
a pressão aumentava,
mas agora parece ter
convertido-se em silêncio,
silêncio demais,
junto com essa escuridão
é uma péssima combinação.
já não vejo nada,
tudo é vazio,
muito bem preenchido
pela angústia.
8 de ago. de 2010
um só
Só ela sabe
eu chego em casa, ela vem me beijar,
me deixa instigado esperando o jantar,
vem falando besteira
assim ao pé da orelha,
o toque na pele é de arrepiar.
toda noite essa boca, essa louca, essa roupa
jogada no chão,
toda noite um suar, um gozar, um pulsar
forte do coração.
o que eu digo todo mundo sabe,
só ela sabe me fazer feliz,
o que eu digo dela é só verdade,
ela é mais do que eu sempre quis.
4 de ago. de 2010
nostalgia
Eu Percebi
(Davi Peyroton/Leoni Coutinho)
eu percebi que você é melhor que tudo.
no meu quarto fechado,
no meu quarto escuro
penso em você,
não tem como esquecer
de todos os momentos que passamos juntos.
meu mundo é só você e tudo faz lembrar,
e o teu olhar no meu me fez apaixonar,
Thiara, sem você nada faz sentido
e eu sonho todo dia que estou contigo.
Oh, menina de verdade
Thiara sem você meu mundo é só saudade
Então vem e traz de volta minha felicidade.
O que eu sinto por você nunca senti por ninguém
Me fez apaixonar,
só me faz delirar,
Thiara o seu sorriso é o que me faz tão bem.
28 de jul. de 2010
muito
ah, parece até que tudo se perdeu,
a estranha vida que se foi
e a gente não viveu.
parece diferente de tudo que passou,
aparentemente, quase tudo mudou.
o clima, as estações,
a tv e os corações,
sempre vão mudar,
sempre passarão.
só não muda a certeza
de que todas as coisas
sempre mudarão.
25 de jul. de 2010
falar sobre o que se sabe
um novo dia amanhece,
ainda é difícil respirar
recomece, coração, recomece,
você não pode parar.
o golpe foi profundo.
a dor continua junto.
vai demorar pra ir embora.
só nos restou a tristeza.
e não vai ser moleza,
recomeçar do agora.
ela levou nossa paz,
já não nos quer mais,
mas nós continuaremos
independentemente
do que vier pela frente
juntos, estaremos
como fé e prece.
alado coração, recomece.
22 de jul. de 2010
pra variar
Fuga aos Céus
Disparada
entrou às cinco e trinta e três,
disparada às dez pras seis.
os dois milhões no porta-malas
eram menos que a saudade casa.
no retrovisor ainda via o banco,
esse assalto vai lhe render tanto,
mas não trará de volta a família distante,
pra parar de pensar nisso apertou forte o volante,
pois era preciso acertar na fuga.
aproveitar um roubo assim seria uma luta.
mas quem sabe,
se escapasse,
havia esperança
de voltar ao velho lar e rever as crianças.
elas deviam ter crescido,
como queria ter visto
isso acontecer.
mas estava fadado
a sempre escolher
o caminho errado,
destino traçado.
pobre diabo...
Perseguição
a estrada se estendia convidativa,
mas as retas tediosas
e as curvas cansativas
fizeram-no estafar
precisava chegar logo a algum lugar
mas longa ainda seria a perseguição
agora seu destino lhe fugia às mãos
e era fácil adivinhar
ele muito bem sabia
que alguma armadilha
estava a lhe esperar
cidade após cidade
correu pela vida
e por sua dignidade
a tanto perdida.
as lágrimas saltavam,
aumentava o som,
não era mais um homem bom,
roubara, matara,
como se redimir?
sabia muito bem,
que fora muito além,
não podia mais sumir.
mas ainda lhe sobrava
no coração, sua casa
um porto seguro, seu lar.
decidiu-se em retornar.
Redenção
de novo em casa.
tanto tempo, tanta estrada
chegou enfim,
pra rever aqueles rostos,
já não tão infantis.
e um outro ainda igual.
sabia que estava perto o final,
mas a redenção viria
no que ele faria
naquele momento
dois milhões na bolsa,
e o rosto desatento
ficou surpreso
alegria ou medo,
não dava pra distinguir
deixou pra eles o dinheiro,
e outra vez, sem rodeios,
pôs-se a fugir.
mas já o esperavam,
facilmente o acharam.
só um tiro na cabeça.
revistem o carro,
caso fechado,
o banco que agradeça.
na cabeça, uma bala e um pecado.
na bolsa, o dinheiro e um recado.
"pelos anos que estive ausente,
por ter me afastado tão de repente,
e não ter ligado nenhuma vez.
eis meu pedido de desculpas,
eu ganhei essa luta,
fui feliz, por vocês."
19 de jul. de 2010
amizade
Ouvidos
se sentassemos, nós,
apenas, à sós,
em algures que for,
minha flor,
não saberia prever
o que iria dizer.
sei, sim, que diria,
uma verdade ou uma mentira,
coisa qualquer,
contigo estou à vontade,
pra falar sobre saudade
ou o que der pé.
sobre dor, sobre amor,
sobre ti, sobre mim,
sobre tudo que tivermos
vontade de falar,
estarei pronto pra lhe escutar
pois sei que sempre
me escutarás,
em fúria ou paz,
um alento,
nossa amizade
ainda tornar-se-á
casamento.
pode escrever,
minha amiga,
amo você.
16 de jul. de 2010
vento forte
só arde
estou acabando,
chegando ao fim.
tão perto do começo,
perto demais.
sou humano.
parte de mim
ainda nem conheço,
mas tanto faz.
ja é tarde.
meu caminho foi só,
foi, sempre,
sempre será
e como arde
essa dor maior
de derrepente
tudo acabar.
13 de jul. de 2010
influências VI
Nada vejo por essa cidade
Que não passe de um lugar comum
Mas o solo é de fertilidade
No jardim dos animais em jejum
Esperando alvorecer de novo
Esperando anoitecer pra ver
A clareza da oitava estrela
Esperando a madrugada vir
E eu não posso com a mão retê-la
E eu não passo de um rapaz comum
Como e corro, trafego na rua
Fui graveto no bico do anum
Vez em quanto sou dragão da lua
Momentâneo alienígena
A formiga em viva carne crua
Perecendo e naufragando no mar!
E a papoula da terra do fogo
Sanguessuga sedenta de calor
Desemboco o canto nesse jogo
Como a cobra se contorce de dor
Renegando a honra da família
Venerando todo ser criador
No avesso de um espelho claro
No chicote da barriga do boi
No mugido de uma vaca mansa
Foragido como Judas em paz
A pessoa que você mais ama
No planeta vendo o mundo girar
Zé Ramalho
11 de jul. de 2010
força
O Matemático
desde pequeno vivia contando
números, lados
pensamento sempre racionalizado.
resolvia tudo
matematicamente
não precisava de nada diferente.
ou melhor,
pensava não precisar.
um par de olhos castanhos
fez sua opinião mudar.
o matemátcio estava apaixonado.
acabou-se a racionalidade.
não há coeficiente adequado
à paixão, à capacidade
de tornar-se um completo
babão de comportamento estranho,
caído aos pés da dona
de um par de olhos castanhos.
8 de jul. de 2010
um asteróide pequeno
O sol observava, e ficava ainda mais insatisfeito vendo o descaso dos inquilinos com a situação. Tinha que fazer alguma coisa, acabar com a bagunça sob sua órbita. Cortar a energia? boa idéia.
6 de jul. de 2010
duas estrofes
se me perguntassem
não saberia a resposta
pra essas noites em claro
pra esse olhar vago
não sei
perdi a direção
mas procuro,
ainda que em vão
redenção
2 de jul. de 2010
veja bem
quando encontras a pessoa certa,
quando a pessoa acerta
o alvo pulsante em seu peito
com um olharzinho matreiro
digno de risada.
olharzinho canalha.
fatal.
letal.
no final
ninguém pensa.
será doença?
não, é como droga.
quem prova, gosta.
fazer o quê,
até aparecer
a pessoa certa
a gente testa,
uma hora acerta.
sem preocupação
com gente errada,
mais vale a estrada
que a direção.
29 de jun. de 2010
Valor
viver não é disputa,
mas a vida é feita de luta,
há muito o que sofrer,
é o preço pra se viver.
mas tem que se lutar,
tudo é passageiro,
nada é perfeito,
sem o que duvidar.
tudo muda com o tempo,
cada um tem seu momento,
cada um faz sua história,
há que sentir, sorrir, chorar
viver pra alcançar,
pra sempre a Victória.
28 de jun. de 2010
influências V
Coqueiros
Por entre as palmas desse lugar
Por coqueiros de beira mar
Beira os olhos do meu amor
Buscando os meus
Vento a soprar
Quero as águas verdes
E quero enfim
Ser maior do que esse mar
Que avança sobre mim
Sobre a areia quero amar
Mas vou te dizer amor, mulher
Na paisagem do teu corpo
Vou deixar meu sorriso
Entre cirandas e cirandar
A cidade Recife, o sal
Do mar que derramei, chorei
Quando deixei tudo por lá
Entre pedras, ruas, só meu amor
Entre a gente que falava de mim
Que parti
É hoje aqui quis me lembrar
Vendo as praias tão sem cor, enfim
Sem as palmas dos coqueiros meu amor
Eu me lembro.
25 de jun. de 2010
ora ora, evolução
cordas fortes
ela me cativou na primeira
vez que me apareceu sorrindo,
foi inevitável fascínio,
foi como uma flecha certeira.
bandoleia corações perdidos,
e eu posso dizer o que quiser,
ela já deixou claro que não quer
papo de casamento comigo.
quer deixar assim mesmo pra sempre,
e não quero pensar diferente,
afinal, não é uma aliança
que irá unir nossas andanças.
o que nos une é muito maior
que qualquer anel ou jóia rara,
o que nos une é como um nó
de cordas fortes que não desata.
23 de jun. de 2010
nada muito ou muito nada
como é que é
acho que o relógio parou,
já passaram umas mil horas
e o sol não foi embora,
nem a noite começou.
qual é?!
o tempo tá de marcação comigo,
deve achar graça me deixar aqui aflito
esperando a hora passar.
não é possível!
é a inconfundível,
vontade de te encontrar.
encontro às oito e meia,
dessa longa sexta-feira,
no bar do nosso primeiro beijo
já imagino aquele vestido preto
e aquele cheiro que me instiga!
já sinto o frio na barriga,
e o desejo da tua boca,
ah! essa noite vai ser boa.
21 de jun. de 2010
é que
num
rosas cinzas,
flores inodoras,
sol azul num céu dourado.
raios lilás
ultra-potencializados,
pra clarear a pele e o mar.
pelo fulgor e mais,
belo calor lilás,
alente-se.
incessantemente,
estar, somente,
além de si.
20 de jun. de 2010
conjunção
If I were a train, I'd be late. "
se é
se você sempre fugir
quando escurecer,
se quando te chamarem
não responder,
se quando achar graça
esquecer de sorrir,
se todo o tempo
só pensar em partir,
você só existirá.
se é, se há,
se esqueceu.
pior que morrer,
não viveu.
19 de jun. de 2010
melancolia
ruas
passam ruas,
é verdade,
nua e crua,
essa cidade.
já não me acolhe,
me esquece,
só me escolhe,
pra perder.
até você.
seguir aqui
me incomoda,
parece o fim
toda porta.
os becos fedem,
o asfalto sujo,
como os muros,
como tudo.
isso incomoda,
mas nada corta
tão profundo.
como meu caminho
sempre sozinho,
nesse mundo.
15 de jun. de 2010
influências IV
Arnaldo é o mais singular 80's.
Fantástico.
Poder
Pode ser loucura, pode ser razão
Pode ser Sim, Pode ser não
Pode ser Maria, Pode ser João
Pode ser Carro, Pode ser avião
Pode ser Saúde, Pode ser educação.
Pode ser Porta, Pode ser portão.
Pode ser Amor, Pode ser prisão.
Pode ser Drama, Pode ser pastelão
Pode ser Laranja, Pode ser limão
Pode ser Bíblia, Pode ser alcorão
Pode ser Inverno, Pode ser verão
Pode ser Pé, Pode ser mão
Pode ser Nevoeiro, Pode ser poluição
Pode ser Samba, Pode ser baião
Pode ser São Jorge, Pode ser dragão.
Pode ser Circo, Pode ser pão
Só não sei, porque eu e você não pode não.
Arnaldo Antunes
12 de jun. de 2010
bem, vindo, vem
uma história que eu sonhar,
pra nós dois,
pode se concretizar,
num depois,
bem vindo.
só nós e o que há de trazer
felicidade
e o que mais eu lembrar
de idealizar,
pra tornar-se
nossa realidade.
eu espero
e quero que você
venha comigo,
que o nosso depois seja bem vindo
e chegue logo
pra eu poder sorrir.
que o amanhã seja bem vindo,
eu vou esperar pedindo
que ele nunca chegue ao fim.
11 de jun. de 2010
música?
Pra distrair, exercício pra imaginação musical.
blues do tédio
o tempo vai passando devagar,
parece até que vai parar,
até quase me tirar do sério,
por isso eu canto o blues do tédio.
de tanto ficar em casa
fiz poema, canção, repente, embolada,
só que tédio não combina com nada.
blues do tédio?
ah, não é sério.
Tudo bem, exige um esforço considerável. haha
9 de jun. de 2010
sem medo
me dê a mão,
feche a casa e abra seu coração.
vem viajar pra outro planeta,
qualquer lugar entre as estrelas,
pode vir perder seus medos,
vem sorrindo e sem receio.
como um pássaro
sem asas,
um voo mágico,
na sua casa,
casa sim!
que o mundo acolhe.
bom ou mal,
você escolhe.
7 de jun. de 2010
influências III
Simbolista, Parnasiano ou Pré-Modernista, Augusto recebe muitas definições, que só deixam claro o que eu afirmo, pra ele não há definição.
"Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!"
Mesmo falecendo com pouco mais que 30 anos, no longíquo ano de 1914, deixou um legado riquíssimo.
Bem, ele pode falar por si mesmo:
POEMA NEGRO
A Santos Neto
Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Para onde vou (o mundo inteiro o nota)
Nos meus olhares fúnebres, carrego
A indiferença estúpida de um cego
E o ar indolente de um chinês idiota!
A passagem dos séculos me assombra.
Para onde irá correndo minha sombra
Nesse cavalo de eletricidade?!
Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:
- Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?
E parece-me um sonho a realidade.
Em vão com o grito do meu peito impreco!
Dos brados meus ouvindo apenas o eco,
Eu torço os braços numa angústia douda
E muita vez, á meia-noite, rio
Sinistramente, vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!
É a Morte - esta carnívora assanhada -
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come...
- Faminta e atra mulher que, a 1 de Janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!
Nesta sombria análise das cousas,
Corro. Arranco os cadáveres das lousas
E as suas partes podres examino...
Mas de repente, ouvindo um grande estrondo,
Na podridão daquele embrulho hediondo
Reconheço assombrado o meu Destino!
Surpreendo-me, sozinho, numa cova.
Então meu desvario se renova...
Como que, abrindo todos os jazigos,
A Morte, em trajes pretos e amarelos.
Levanta contra mim grandes cutelos
E as baionetas dos dragões antigos!
E quando vi que aquilo vinha vindo
Eu fui caindo como um sol caindo
De declínio em declínio; e de declínio
Em declínio, com a gula de uma fera,
Quis ver o que era, e quando vi o que era,
Vi que era pó, vi que era esterquilinio!
Chegou a tua vez, oh! Natureza!
Eu desafio agora essa grandeza,
Perante a qual meus olhos se extasiam
Eu desafio, desta cova escura,
No histerismo danado da tortura
Todos os monstros que os teus peitos criam.
Tu não és minha mãe, velha nefasta!
Com o teu chicote frio de madrasta
Tu me açoitaste vinte e duas vezes,
Por tua causa apodreci nas cruzes,
Em que pregas os filhos que produzes
Durante os desgraçados nove meses!
Semeadora terrível de defuntos,
Contra a agressão dos teus contrastes juntos
A besta, que em mim dorme, acorda em berros
Acorda, e após gritar a última injúria,
Chocalha os dentes com medonha fúria
Como se fosse o atrito de dois ferros!
Pois bem! Chegou minha hora de vingança.
Tu mataste o meu tempo de criança
E de segunda-feira até domingo,
Amarrado no horror de tua rede,
Deste-me fogo quando eu tinha sede...
Deixa-te estar, canalha, que eu me vingo!
Súbito outra visão negra me espanta!
Estou em Roma. É Sexta-feira Santa.
A treva invade o obscuro orbe terrestre
No Vaticano, em grupos prosternados,
Com as longas fardas rubras, os soldados
Guardam o corpo do Divino Mestre.
Como as estalactites da caverna,
Cai no silêncio da Cidade Eterna
A água da chuva em largos fios grossos...
De Jesus Cristo resta unicamente
Um esqueleto; e a gente, vendo-o, a gente
Sente vontade de abraçar-lhe os ossos!
Não há ninguém na estrada da Ripetta.
Dentro da Igreja de São Pedro, quieta,
As luzes funerais arquejam fracas...
O vento entoa cânticos de morte.
Roma estremece! Além, num rumor forte
Recomeça o barulho das matracas.
A desagregação da minha Idéia
Aumenta. Como as chagas da morféia
O medo, o desalento e o desconforto
Paralisam-me os círculos motores.
Na Eternidade, os ventos gemedores
Estão dizendo que Jesus é morto!
Não! Jesus não morreu! Vive na serra
Da Borborema, no ar de minha terra,
Na molécula e no átomo... Resume
A espiritualidade da matéria
E ele é que embala o corpo da miséria
E faz da cloaca uma urna de perfume.
Na agonia de tantos pesadelos
Uma dor bruta puxa-me os cabelos.
Desperto. E tão vazia a minha vida!
No pensamento desconexo e falho
Trago as cartas confusas de um baralho
E um pedaço de cera derretida!
Dorme a casa. O céu dorme. A árvore dorme
Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Os olhos ensangüento na vigília!
E observo, enquanto o horror me corta a fala
O aspecto sepulcral da austera sala
E a impassibilidade da mobília.
Meu coração, como um cristal, se quebre
O termômetro negue minha febre,
Torne-se gelo o sangue que me abrasa
E eu me converta na cegonha triste
Que das ruínas duma casa assiste
Ao desmoronamento de outra casa!
Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos...
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.
6 de jun. de 2010
dubiamente
a velha vontade louca de gritar.
de colocar pra fora
o que me devora,
o que me faz chorar
e fugir,
sumir daqui.
ir embora,
e ir agora,
pra longe de tudo,
pra um canto qualquer
desse mundo.
até que eu resgate,
sem força ou embate,
o que ficou pra trás.
recuperar meu futuro,
e a voz do que ficou mudo,
ter de volta minha paz.
2 de jun. de 2010
influências II
Sob Medida
Se você crê em Deus
Erga as mãos para os céus
E agradeça
Quando me cobiçou
Sem querer acertou
Na cabeça
Eu sou sua alma gêmea
Sou sua fêmea
Seu par, sua irmã
Eu sou seu incesto
Sou igual a você
Eu nasci pra você
Eu não presto
Eu não presto
Traiçoeira e vulgar
Sou sem nome e sem lar
Sou aquela
Eu sou filha da rua
Eu sou cria da sua
Costela
Sou bandida
Sou solta na vida
E sob medida
Pros carinhos seus
Meu amigo
Se ajeite comigo
E dê graças a Deus.
Se você crê em Deus
Encaminhe pros céus
Uma prece
E agraceça ao Senhor
Você tem o amor
Que merece.
Chico Buarque
31 de mai. de 2010
influências
Pra essa segunda-feira escolhi um grande artista brasileiro, o mineirinho "Cidadão Valadarense" Zé Geraldo.
Zé é pouco reconhecido, apesar de em todo boteco se ouvir "minha meiga senhorita..." poucas pessoas lembram dele como grande músico e compositor.
Pra quem não conhece:
Como Diria Dylan
hey você que tem de 8 a 80 anos,
não fique aí perdido,
como ave sem destino.
pouco importa a ousadia dos seus planos,
eles podem vir da vivência de um ancião,
ou da inocência de um menino,
o importante é você crer
na juventude que existe dentro de você,
meu amigo, meu compadre, meu irmão,
escreva sua história pelas suas próprias mãos.
nunca deixe se levar por falsos líderes,
todos eles se intitulam porta vozes da razão,
pouco importa o seu tráfico de influências,
pois os compromissos assumidos
quase sempre ganham subdimensão,
o importante é você ver
o grande líder que existe dentro de você
meu amigo, meu compadre, meu irmão,
escreva sua história pelas suas próprias mãos
não se deixe intimidar pela violência,
o poder da sua mente é toda sua fortaleza,
pouco importa esse aparato bélico universal,
toda força bruta representa nada mais
do que um sintoma de fraqueza.
o importante é você crer
nessa força incrível que existe dentro de você.
meu amigo, meu compadre, meu irmão,
escreva sua história pelas suas próprias mãos.
Zé Geraldo
24 de mai. de 2010
Yule de Paula, hoje por aqui...
então... a poesia de hoje descreve uma admiração do nosso autor, ah... Mas de qualquer forma, é tão bom adimirar alguém, se todas as pessoas que eu adimirace eu pudesse escrever uma poesia tão linda como essa, eu estaria feliz, pois ia estar escrevendo o que sinto. E é dificil transformar sentimentos em palavras, quem sabe fazer isso tem um Dom de Deus. Eu vim aqui, e estou feliz de saber que Leoni confia e conta comigo, pois eu também sinto isso por ele e nossa amizade. Te adoro Leonino demais. ♥
-ayla
é bom sonhar contigo,
me faz bem te ver sorrindo.
mesmo que não seja real.
mesmo que não me queira,
mesmo que eu não te esqueça,
sonho, afinal.
sabe, não devia ser assim.
talvez mude até o fim.
essa é minha esperança.
sabe, gosto tanto de você.
mas sei lá o que fazer.
me deixas igual criança.
não me sai da cabeça,o seu sorriso, a sua voz,
queria estar contigo a sós.
e tornar minha dúvida certeza.
Linda né?! Se transformou em canção. *~*
beijos foi um prazer.
20 de mai. de 2010
homenagem III
a homenagem dessa vez é ao meu grande amigo e parceiro musical, Davi Peyroton.
Posso dizer que sem ele eu não teria criado nem metade das letras e dos poemas, e consequentemente nem esse blog, Davi me ajudou muito com melodias e até com declarações, haha.
Taê Davi, essa é tua.
só te fazer sorrir
conto os dias pra te ver, não consigo te esquecer,
olha como é devagar, o tempo já não quer passar,
conto as horas pra chegar, o momento a esperar,
ao seu lado eu quero estar.
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
só eu e você por ai,
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
porque você não está aqui?
mais um dia já passou, e ainda não chegou,
paciência e cautela, por fim já acabou,
mas tudo tem seu tempo, e minha voz não quer calar,
to a espera do momento em que eu vou te falar...
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
só eu e voce por ai,
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
porque você não está aqui?
se a vida quer esconder, tudo que é meu de você,
basta eu parar para pensar,
já que não dá pra chegar, vou tentar analisar,
a situação que a gente está,
não importa mais eu sei que eu vou te encontrar,
não importa mais um dia eu vou te revelar.
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
simplesmente eu e você por ai,
tudo tudo que eu quero é só te fazer sorrir,
porque você não está aqui?
18 de mai. de 2010
vento no rosto
naquela direção
vá!
siga pela beira do rio,
pelo rumo vazio,
pela imensidão azul
seja norte ou sul,
leste ou oeste,
nordeste, sudeste
um canto preste.
já!
corra sem parar!
até o sol raiar,
sem olhar pra trás,
sem pensar demais
acompanhe o vento
sem ressentimento
por ser decidida
seja egoísta!
corra agora
sem demora,
é a sua hora!
corra!
com o vento no rosto,
aproveite esse gosto
de ser destemida!
vida! vida! viva!
perca-se,
minta sim,
e encontre-me
em cada estrela
que ao longe brilhar,
aquela luz distante
que em cada instante
vai te acompanhar.
16 de mai. de 2010
essa é
tudo que é só nosso
tudo que a gente já passou,
tanta coisa a gente já viveu,
tantas lágrimas, sorrisos,
tantos você, tantos eu.
muitas coisas na memória,
surpresas, segredos, histórias,
quanta vida já se foi,
quanta vida ainda virá,
não importa o que aconteça,
com você eu quero estar.
quero e sei que posso,
sei que tudo que é só nosso,
sempre estará no coração.
pecado é não viver
e eu só vivo com você
me sorrindo sem razão.
quanto tempo ao seu lado,
quantas vezes eu estive errado,
porém, nossos caminhos,
permanecem juntos,
e a cada noite fria,
você me dá tudo,
que eu possa precisar
e assim nosso destino,
continua unido,
pois sei que nesse mundo,
amor maior não há,
é você que eu quero amar.
14 de mai. de 2010
pra sair um pouco do clichê II
Rima
ninguém, rima com alguém,
que rima com querer bem.
querer, rima com prazer,
que rima com eu e você.
eu, rima, mas,
não combina com adeus.
não rima, mas,
combina com você.
12 de mai. de 2010
poema que virou canção V
Um dia.
dê-me a tua mão
deixa eu te fazer feliz,
ao menos,
quero esquecer de mim,
sem tempo
pra pensar,
vem comigo, vem realizar,
dê-me um pouco só
a mais de atenção,
dê-me o teu carinho,
dê-me a tua mão.
diz, meu bem, do que precisas,
diz, pois, és minha vida,
fica pra sempre comigo,
digo, pois, é de ti que preciso
10 de mai. de 2010
ah vá
por educação,
liberte a expressão.
não vá ficar
guardando pra si,
é inútil pensar
sem falar nem sentir.
meu amigo, seja educado
coloque pra fora
esse peso guardado
sofra, sim,
chore, afinal
não vai lá
te fazer mal
pelo contrário,
vai é te ajudar, camarada
os encontros, desencontros
e as escolhas erradas
são coisas da vida
doce, triste
e sempre viva.
meu irmão, por educação
estresse-se, lamente-se
mas mantenha a direção
rume as montanhas mais altas
e os caminhos mais bonitos,
corra riscos, desafie perigos.
continue por educação
ou por obrigação
até onde a estrada te levar
deixe estar,
viver é a melhor forma de sonhar.
9 de mai. de 2010
Flores Petrificam
sempre pressenti
que ela ia chegar,
achava que os sonhos
tentavam falar.
esperei paciente,
regando a semente,
que aqui plantei.
mas não floresceu,
o tempo se deu,
no quanto esperei.
e ela não chegou,
o sonho mentiu.
a vida passou,
ninguém me viu.
esperei em vão,
foi só ilusão,
a flor não nasceu,
secou, morreu,
ainda lá dentro
e o sentimento,
que guardava ficou,
corroeu, petrificou.
e eu, sobrei,
pedra invés de flor,
pois o gosto do amor,
jamais provei.
6 de mai. de 2010
pro alto
e foi contando estrela
na imensidão negra,
umas azuis, meio lilás,
outras de brilho mais fugaz.
contava sozinha no sereno,
num sublime desalento.
mesmo que de olhos fechados.
não tinha visão mas tinha tato.
às vezes é melhor nem enxergar,
Beatriz faz de arte imaginar.
e quando viu não era mais só
Beatriz sentiu-se maior,
fez até pose de modelo,
as árvores lhe cantaram pra ninar,
e o vento lhe afagou o cabelo.
um pingo de tinta na ponta do nariz
não é sonho, Beatriz!
é fantasia! é alegria!
e contagia
e irradia,
noite ou dia.
escolha, menina
sua estrela favorita,
que pra ti vou buscar.
pra sorrirtes,
pra sonhartes,
pra noite lhe acompanhar.