6 de mai. de 2010

pro alto

beatriz e as estrelas

e foi contando estrela
na imensidão negra,
umas azuis, meio lilás,
outras de brilho mais fugaz.
contava sozinha no sereno,
num sublime desalento.
mesmo que de olhos fechados.
não tinha visão mas tinha tato.
às vezes é melhor nem enxergar,
Beatriz faz de arte imaginar.

e quando viu não era mais só
Beatriz sentiu-se maior,
fez até pose de modelo,
as árvores lhe cantaram pra ninar,
e o vento lhe afagou o cabelo.
um pingo de tinta na ponta do nariz
não é sonho, Beatriz!
é fantasia! é alegria!
e contagia
e irradia,
noite ou dia.

escolha, menina
sua estrela favorita,
que pra ti vou buscar.
pra sorrirtes,
pra sonhartes,
pra noite lhe acompanhar.

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