1 de jul. de 2011

essa é tua

não se mexa,
fique aí parada,
com a cabeça
sobre as almofadas.

sorrindo pra mim,
um sorriso inocente,
provocante,
quase indecente.

cabelos soltos,
inteiramente nua,
agradeço assim,
essa poesia é tua.

das tuas coxas,
da tua boca,
de você como um todo,
além do seu corpo,

da sua alma,
simétrica à minha.
não se mova!
quietinha!

admirar-te-ei
pelo resto da vida,
a todo momento,
todo e este, querida,

enquanto eu puder
manter-me em pé,
gêmea alma minha,

admirar-te-ei.
nunca serei rei,
mas serás sempre rainha.

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