no escuro do meu quarto
surgiu
uma planta carnívora, viva
alimentada pela ira,
pelos pensamentos ruins,
pela angústia que transborda
de mim,
surgiu ali, sem luz,
sem qualquer incentivo,
pra abater qualquer ser
vivo,
perto da intimidade do meu
quarto.
uma planta que mata, me
mato,
entre seus espinhos,
caninos,
sem piedade, remorso,
espírito,
me protege, me fere,
esconde a verdade,
a vergonha de sentir
vontade.
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